Capitulo 3 - O paralelo entre a Ciência e o Misticismo.


“ Nossas idéias confortáveis de um Universo feito de bolinhas sólidas de matéria (reducionismo), se comportando de maneira lógica, foram implodidas. Uma partícula não é uma entidade separada mas sim um conjunto de relações. O mundo é um tecido de eventos inter conectados, um todo dinâmico inquebrantável. Os cientistas não são mais meros observadores e devem ser considerados como participantes. A Física e o Misticismo convergem em intrigantes paralelos, fechando círculos e encontrando as mesmas verdades por caminhos diferentes”. - Fisicos Ocidentais Contemporaneos.


A cultura Ocidental foi de certa forma prejudicada em seu espiritualismo por Rene Descartes (pintura ao lado), que pregou a explicação do mundo através do Reducionismo, isto é, procurou explicar o funcionamento de algo, reduzindo este algo às suas partes componentes, dividindo, dissecando e, depois de entendido, tentando montá-lo novamente e reproduzi-lo.



Embora Descartes tenha vivido no século XVII, a precisão dos cálculos infinitesimais e as leis de Isaac Newton (ao lado) no final do século XIX, se tornaram um dos principais argumentos para se pensar em conseguir definir o Universo inteiro com precisão, baseado em suas partes componentes, e assim poder entendê-lo

.

O nome Descartes em latim se escreve Cartesus e portanto a sua filosofia ficou conhecida como Cartesiana. O pensamento Cartesiano dominou o mundo Ocidental no século XX até meados da década de 70, embora tenha sido bravamente contestado por uma minoria.

Não quero aqui condenar o Cartesianismo nem o Reducionismo que foram os pilares da revolução cientifica dos séculos XIX e XX e conseguiram levar a humanidade ao progresso e à tecnologia que nos proporciona o conforto moderno. Apenas indico que este progresso, como agora se evidencia, é incompleto e não tão exato como pretendia ser.

Veja esta analise do site Filosofix:

O sistema de René Descartes foi o mais influente da filosofia mecânica. Depois de considerar que, dentre todas as ciências, apenas a matemática lhe garantia a “certeza” e a “evidência das razões”, estava traçado o caminho a seguir no ousado projeto de unificação do saber. Para Descartes, assim como para Kant posteriormente, o rigor matemático era o ponto de partida da reflexão filosófica.

O sistema cartesiano fundava-se na unificação da matemática com a física: conceitos como o movimento aristotélico, as qualidades, as formas substanciais eram substituídos pelos elementos da física cartesiana, dotados de propriedades geométricas. O novo sistema era legitimado por uma nova metafísica que definia a matéria exclusivamente em termos de extensão, o que estabelecia uma equivalência entre matéria e espaço e acarretava, conseqüentemente, a negação do vácuo. Pelo novo sistema, qualquer interação entre corpos se dava necessariamente por ação de contato, e a quantidade de movimento no mundo era sempre constante. Uma implicação óbvia era que não podia haver então nenhum movimento novo no mundo: a matéria, portanto, deveria ser considerada passiva e inerte.

Oposto ao Reducionismo, o Holísmo, afirmava que a soma das partes não é igual ao todo. O todo integral possui uma característica que vai além da simples soma de suas partes.

"Navegar é preciso, viver não é preciso" - Camões.

A Natureza não é precisa, e aí esta a sua beleza. A beleza de uma flor, por exemplo, esta baseada no fato de que nenhuma pétala é exatamente igual a outra. Tente desenhar uma margarida com pétalas iguais e você verá que o resultado é uma flor feia, sem vida. Os orientais inventaram uma expressão para definir a beleza da imprecisão: Wabi-Sabi.

O Fotografo Richard Martin diz: “A idéia do Wabi-Sabi fala de estarmos prontos a aceitar as coisas como elas são. Isto vai contra o ideal Ocidental que enfatiza o progresso e o crescimento como componentes necessários a vida diária. A natureza fundamental do Wabi-sabi diz respeito ao processo, e não a um produto final, sobre o decaimento e o envelhecimento, não o crescimento. Este conceito requer a arte da lentidão, um desejo de se concentrar em coisas que são geralmente desprezadas, as imperfeições e marcas que gravam a passagem do tempo. Para mim este é o perfeito antidoto para o invasivo, evasivo, adocicado, estilo corporativo de beleza."






Qual das duas fotos de luminárias você acha mais bonita?
a) As 3 luminárias contemporâneas tecnológicas ao lado ou,
b) O vaso-luminária todo deformado abaixo?












Resposta: O vaso deformado natural bem exemplifica o Wabi-Sabi.


Wabi-Sabi é:

Uma parede de tijolos à mostra; uma cadeira com pintura descascada; um piso irregular; um galho torto; uma flor, etc.

O Reducionismo-Cartesiano-Newtoniano do Ocidente causou um enorme avanço nas Ciências e Tecnologias Ocidentais, mas deixou um grande atraso, uma lacuna, e causou mesmo um retrocesso, no conhecimento Espiritual e Esotérico do ocidente.

Em grande parte, a nossa matemática e ciência provém dos Gregos, porém com uma grave distorção: eles não abandonavam e conviviam com o misticismo, usando a matemática para explicá-lo. Nós ocidentais, renegamos o misticismo a uma categoria “não científica”.

Enquanto o Oriente já possuía o conhecimento holístico-espiritual consolidado por mais de 3 mil anos (talvez 6 mil), o Ocidente regrediu no que já conhecia holisticamente (abafou) cedendo lugar a tecnologia-burra a partir do começo do século 19 até o inicio da segunda metade do século 20.

Paradoxalmente, foi a própria Ciência Ocidental que passou a se interessar pela Filosofia Oriental, no início do século XX, quando precisou esclarecer os dilemas encontrados nas experiências da Física Quântica e para explicar os fenômenos das partículas sub-atômicas.

Cuidado: Muitos cientistas céticos ainda não aceitam esta ajuda do misticismo oriental e ficam zangados quando se comenta isso...

Os Cientistas mais abertos se entregaram e progrediram.

Físicos Ocidentais dizem hoje:
“ Nossas idéias confortáveis de um Universo feito de bolinhas sólidas de matéria (reducionismo), se comportando de maneira lógica, foram implodidas. Uma partícula não é uma entidade separada mas sim um conjunto de relações. O mundo é um tecido de eventos inter conectados, um todo dinâmico inquebrantável. Os cientistas não são mais meros observadores e devem ser considerados como participantes. A Física e o Misticismo convergem em intrigantes paralelos, fechando círculos e encontrando as mesmas verdades por caminhos diferentes”.

“Uma constatação poderosa repousa adormecida nestas descobertas da Física Moderna:
Uma conclusão de que os insuspeitos poderes da mente humana moldam a realidade ao invés do contrário.

Neste sentido a filosofia da Física Moderna está se tornando indistinguível da Filosofia Budista, que é a Filosofia da Iluminação ”.

Vejam as coincidências destas duas afirmações:

Nagarjuna – Filósofo Budista do século 2:

“As coisas derivam a sua existência e natureza por mútua dependência e nada são por si próprias”

H. P. Stapp – Físico do século 20:

“Uma partícula elementar não é uma entidade independentemente existente, analisável. Ela é, em essência, um conjunto de relações que se projetam para fora, para outras coisas.”

Ambas as “Escrituras”, a Científica Moderna e a Mística, dizem afinal a mesma coisa: Tudo é Uno, tudo é dependente de tudo, relacionado a tudo.

Tudo é Uno, dizem os místicos. Tudo o que há no Universo visível e invisível faz parte de um único tecido. Tudo influi em tudo. Uma folha que cai de uma árvore na China tem influência na constelação de Órion. Os Hindus costumam dizer que “... sequer uma folha cai sem que Brahman consinta.”

A teia de uma aranha nos fornece uma boa metáfora, pois qualquer vibração em qualquer parte da teia é transmitida para o centro, onde fica a aranha, a espera da sua presa. Assim é o nosso Cosmos, uma grande teia.

Tudo parece fazer parte de um imenso tecido, ou, como alguns preferem, de uma imensa gelatina incolor.

Tudo é Uno, dizem também os cientistas. Até mesmo os reducionistas, acabam de chegar à conclusão de que tudo o que há no Universo visível e invisível faz parte de um único tecido composto por pequenos anéis chamados de cordas (como cordas de uma harpa ou de um violino) que vibram em alta freqüência com alta energia formando as ondas quânticas (Teoria das Super-Cordas).

Olhando em detalhes pelo nosso lado, de baixo para cima:

Segundo as mais recentes descobertas da Física moderna, o nosso Universo é composto unicamente por ondas, geradas a partir de minúsculas cordas vibratórias em um espaço de 11(onze) dimensões. Nós percebemos só 4 dimensões (Altura, Largura, Comprimento e Tempo) porque as outras 7 estão dobradas em cilindros minúsculos, imperceptíveis para nós mas, sendo da mesma ordem de grandeza das cordas, exercem influencia decisiva no desenho de nosso universo, como explico a seguir.

Fig. 3-1 Aparência de uma corda da nova Teoria das Cordas, da Física Moderna:


Seu comprimento é de 10(-33)cm.





Ou seja:

0,0000000000000000000000000000000001cm.

Estão tensionadas a 10(+39) toneladas,

ou seja:

1000000000000000000000000000000000000000 tons. segundo os Físicos


A vibração destas cordas são iguais as das cordas tensionadas de um violino, por exemplo, e reverberam segundo os princípios das caixas de ressonância acústica que conhecemos. Em nosso Universo de 11 dimensões o espaço geométrico não deve ser nada simples, portanto, estas caixas de ressonância cósmicas, super miniaturas, apresentam múltiplas formas impossíveis de se desenhar.

Mas imaginem uma destas cordas minúsculas vibrando e ressoando dentro de uma micro-caixinha tipo um micro-violão ou num micro-piano de cauda...

Ao lado vemos o esboço de uma tentativa de "visualizar" uma caixinha destas com 11 dimensões...

Dependendo da caixa de ressonância, que decorre da posição do espaço-tempo, estas vibrações das cordas ressoam na forma de energia de uma dada freqüência (que é a frequência de ressonância da caixa em questão com 11 dimensões) e, como energia é matéria, estas cordas vibrantes se materializam como fótons, elétrons, mésons, quarks, etc. E daí se juntam em átomos, elementos, e compostos, criando a matéria como a conhecemos. Vibração é energia, e energia se transforma em matéria segundo Einstein, E=mC2

O “m” da fórmula de Einstein quer dizer “massa” matéria, peso.

Portanto :

Matéria = Energia dividido C2 (velocidade da Luz elevada ao quadrado)

Como a velocidade da Luz é uma constante, temos que quanto mais energia, mais massa geramos.

Quanto mais a ciência avança, mais clara fica a evidência de que o Universo é Uno, tudo faz parte de uma única fibra ou tecido composto de ondas provenientes de uma vibração em altíssimas freqüências destas cordas em suas caixinhas com energias fantasticamente elevadas.

Na verdade as coisas que parecem separadas umas das outras não passam de pedaços de aglomerados desta fibra ou tecido único, como pelotas dentro de uma sopa engrossada com farinha.

Um átomo, um méson, um elétron, um próton, são ondas engarrafadas, e ondas são energia pura. Ou seja, são feitos a partir do mesmo tecido de ondas, somente que aglomerados de maneira diferente. Isto já está comprovado matematicamente.

O Físico Sir James Jean, diz em seu livro “ O Universo Misterioso”:
“... a tendência da física moderna é reduzir todo o universo material a ondas, a nada mais que ondas. Essas ondas são de duas espécies: ondas engarrafadas, que chamamos de matéria, e ondas não-engarrafadas, que chamamos de radiação ou luz. O processo de aniquilação da matéria consiste apenas em desengarrafar a onda-energia aprisionada e liberá-la para viajar pelo espaço. Esses conceitos reduzem todo o universo a um mundo de radiação, potencial ou existente, e não mais nos surpreende que partículas fundamentais da matéria mostrem muitas propriedades de ondas.”

Mesmo o espaço que pensamos estar vazio, o vácuo, não é vazio. Está tudo preenchido pela Fibra do Espaço-Tempo, a “gelatina cósmica” formada por estas cordas vibrantes. É como se fosse uma gelatina incolor com pedaços de gelatina mais dura suspensos. Não há espaços sem a gelatina, tudo é preenchido pela fibra. Daí se deduz que tudo é interligado e inter comunicado. Tudo afeta tudo ! Poder-se-ia estudar a “...influencia da borboleta azul do Pacifico sul na bolsa de valores de N. York ...“

A fibra recebe o nome de “Continuum de espaço-tempo” porque inclui ambos, o espaço e o tempo (Teoria da Relatividade de Einstein).

A Ciência mais e mais comprova o que o Misticismo afirmava a milênios: A Unicidade do Cosmos.

Esta Unicidade implica também em uma outra constatação:

Um ponto importante sobre o qual a ciência também já detectou indícios, é o campo da “Consciência Coletiva” de Jung.

O fenômeno da Sincronicidade.

Quando deixamo-nos levar sem forçar (vide Chuang Tzu no capitulo 2) as coisas começam a ser resolvidas com facilidade. As oportunidades se nos apresentam. Aquilo que precisávamos aparece. Aquela pessoa que procuramos nos chama ao telefone, etc, etc, etc.

Parece mágica, mas é Sincronicidade.

Saber aproveitar a Unicidade do Cosmos para aumentar a comunicação transpessoal. Você vai aprender a fazer essa mágica. Há um capitulo especial só para falar da Sincronicidade.

A seguir, vamos penetrar nos segredos de ambos, a Ciência e o Misticismo, compará-los e tirar o melhor proveito para nossas vidas profissionais e pessoais.

Utilizar este conhecimento místico, comprovado cientificamente ou (ainda) não, para embasar o processo de Tomada de Decisão e Orientação Estratégica na vida profissional ou em caráter pessoal, resultará, sem duvida, em uma vantagem que poderá fazer a diferença entre o sucesso e o fracasso, mesmo que o Plano Divino seja diferente do seu plano individual.

Este guia foi escrito visando convencer até aqueles mais céticos ou ao menos fornecer alguma base científica para os conceitos místicos mais importantes.

Iremos esmiuçar cada conceito e cada avanço da ciência moderna com palavras e exemplos simples, pois, tanto quanto os místicos, os cientistas também são difíceis de entender.

Saber o que se passa e quais são as regras que importam em nosso Cosmos, será como acender a luz na prova de Arco e Flecha, e, para os mais iniciados, guiar a flecha até o alvo. Boa sorte !

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